Ação Artística e Comunidade

O território como lugar caracterizado pela troca de referências simbólicas para o agir artístico. Ouvir enquanto momento de expetativa ética que potencia a ação. Refletir sobre o cruzamento dos pontos de vista na formação do real enquanto orgânica para a ação. Capacidade de gerar ressonância a partir das intenções expressas pelos cidadãos.

Projeção de filme seguido de conversa via skype com a Realizadora

Dia 26 de Fevereiro – 17h45
Local: Rua do Sol 172
Rua do Sol, 172 – Porto

Aqui tem gente (2013)

Realização: Leonor Areal
Produção: Obra Aberta. CRL.

Portugal, Europa, 2011. Às portas de Lisboa, um bairro de lata está em vias de ser demolido. A Câmara Municipal de Loures parece firme na sua decisão, mas não apresenta soluções alternativas de alojamento.
Na iminência de ficar sem tecto, os moradores do Bairro da Torre organizam-se para negociar com a Câmara e defender o seu direito à habitação, num processo com avanços e recuos, derrotas e vitórias. As mulheres assumem um papel central na defesa da casa e da família. No Bairro da Torre coexistem etnias sobretudo ciganas e africanas, e imigrantes que chegaram nos anos 90 para as grandes obras do regime. A crise atirou-os para o desemprego e a miséria. Agora batem-se pelos seus direitos e dignidade humana.
Aqui Tem Gente acompanha o processo negocial, os problemas e conflitos desta população que, embora anarquicamente, consegue organizar-se e lutar pelos seus direitos. O documentário levanta ainda outras questões. Qual o papel dos activistas no apoio à organização da comunidade? Que política de habitação social para o actual momento de crise?