“Não sou mesmo não. Não sou. Paz é coisa de rico. Não visto camiseta nenhuma, não, senhor. Não solto pomba nenhuma, não, senhor. Não venha me pedir para eu chorar mais. Secou. A paz é uma desgraça.”

Os altos e baixos das revoltas no Brasil continuam a desconcertar o mundo e os próprios brasileiros. Na segunda- feira 17 Junho de 2013 explodiu uma onda de revoltas maciças com um grito plural que excedeu o pedido inicial para reduzir o preço de 0,20 cêntimos nos transportes públicos.

“Isto não é por 0,20 cêntimos” ouve-se nas ruas. Pela primeira vez, os gritos apartidários foram ouvidos de forma contundente.

“O conflito de classes, em escala global, começa a acontecer nas redes, porque existe uma política de controle e hierarquização da informação nas redes, e, do outro lado, há gente trabalhando para a desobstrução dos canais. E isso é democracia, porque se você começa a fazer todo o fluxo de informação passar, as pessoas ficam sabendo o que os de cima não querem que elas saibam.

“A reação negativa das presidências da Câmara e do Senado Federal e dos partidos de oposição ao governo federal diante do decreto 8243 de 2014, que institui a Política Nacional de Participação Social, é uma tentativa de conter o avanço de uma democracia participativa no Brasil. Esta tentativa busca, fundamentalmente, proteger os interesses daqueles grupos sociais que, historicamente, já tem acesso privilegiado ao Estado, porém é apresentada ao público como defesa do princípio da separação dos poderes.”

“Se você acha que a maconha mata a maconha não mata, não quem mata pobre é a polícia a Rota e o Caveirão.”

Guerra às drogas é guerra aos negros e pobres.

Nem a FIFA, nem o mercado, nem o Estado e nem ninguém conseguem amansar esse povo complexo e controverso. A FIFA já constatou: o Brasil é o pior país para se trabalhar a sério na organização do Mundial.

 

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